Fundos e antecipação de duplicatas: operação segura para empresas e investidores?
Como comenta o especialista da área Rodrigo Balassiano, a relação entre fundos e antecipação de duplicatas tem se fortalecido no mercado financeiro como uma alternativa eficiente para empresas que precisam de capital de giro e para investidores que buscam rentabilidade com lastro em recebíveis. Essa operação, que consiste na antecipação de valores a receber por meio de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), alia agilidade e previsibilidade, desde que bem estruturada e com critérios sólidos de análise de risco.
Mas será que essa é realmente uma operação segura para todos os envolvidos? Saiba agora!
Fundos e antecipação de duplicatas: como funciona essa estrutura?
A relação entre fundos e antecipação de duplicatas acontece principalmente por meio dos FIDCs, que compram recebíveis de empresas — como duplicatas — com deságio, gerando liquidez imediata para o cedente e retorno futuro para o cotista. As duplicatas representam créditos a receber originados de vendas a prazo e são utilizadas como garantias dentro desses fundos. Com isso, as empresas obtêm recursos de forma mais ágil, sem recorrer a empréstimos tradicionais.
A estrutura envolve diversas camadas de análise para garantir que os recebíveis tenham boa qualidade e sejam efetivamente pagos pelos devedores. Segundo Rodrigo Balassiano, os fundos contam com critérios rigorosos de elegibilidade, verificação de autenticidade dos documentos e mecanismos de controle de inadimplência. Além disso, muitos FIDCs são organizados com classes de cotas, sendo que as subordinadas absorvem os primeiros prejuízos, oferecendo maior proteção para os cotistas preferenciais.

Entenda com Rodrigo Balassiano por que a antecipação de duplicatas via fundos é uma solução eficiente e confiável no mercado financeiro.
Para os investidores, essa estrutura pode oferecer rentabilidades atrativas com risco controlado, desde que o fundo tenha uma boa governança e siga padrões técnicos adequados. A previsibilidade dos fluxos de caixa dos recebíveis e o acompanhamento rigoroso das carteiras são fatores que fortalecem a confiança nessa modalidade. No entanto, como em qualquer investimento, é fundamental analisar o histórico de gestão, os critérios de seleção de ativos e o nível de exposição a riscos específicos.
Quais os riscos envolvidos na antecipação de duplicatas via fundos?
Embora a relação entre fundos e antecipação de duplicatas pareça vantajosa, existem riscos que devem ser considerados. O principal está ligado à inadimplência dos devedores finais das duplicatas. Caso os compradores dos produtos ou serviços não honrem os pagamentos, o fundo pode enfrentar perdas, impactando os rendimentos dos cotistas — especialmente das classes subordinadas. Esse risco é maior em cenários de instabilidade econômica ou setores com alto nível de inadimplência.
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Outro ponto de atenção, conforme o especialista Rodrigo Balassiano, é a concentração dos créditos em poucos cedentes ou devedores. Fundos com carteiras mal diversificadas ficam mais vulneráveis a oscilações específicas de empresas ou setores. Além disso, há o risco operacional relacionado à verificação e validação das duplicatas: documentos falsos ou mal documentados podem comprometer a qualidade da carteira. A mitigação desses riscos depende da diligência dos gestores e do uso de tecnologias de análise e controle.
A antecipação de duplicatas via fundos é vantajosa para quem?
Empresas de médio e pequeno porte que precisam de capital de giro com rapidez costumam ser as principais beneficiárias da antecipação de duplicatas via fundos. Essa alternativa permite transformar receitas futuras em recursos imediatos, viabilizando o pagamento de fornecedores, folha de pagamento e investimentos em expansão. Além disso, ao ceder os recebíveis para um fundo, a empresa não aumenta seu endividamento tradicional, preservando sua saúde financeira.
Para os investidores, os FIDCs que atuam com antecipação de duplicatas representam uma forma de diversificação da carteira com ativos atrelados à economia real. Como os rendimentos são derivados de recebíveis empresariais, a correlação com o mercado financeiro pode ser menor, funcionando como proteção em períodos de volatilidade. No entanto, como destaca Rodrigo Balassiano, é preciso escolher fundos com boa governança, política de crédito bem definida e transparência na gestão.
Já para gestores e originadores, essa estrutura cria oportunidades de negócios ao conectar empresas com necessidades de capital e investidores em busca de retorno. A profissionalização na análise de crédito, o uso de tecnologias para rastrear e monitorar os recebíveis e o cumprimento das exigências da CVM tornam o modelo mais robusto e escalável. Com bons controles e alinhamento de interesses entre as partes, a operação tende a ser segura, eficiente e vantajosa para todos.
Autor: Oleg Vasilenko