Entenda os efeitos da atividade física no cérebro e na busca pela felicidade
Segundo o especialista Nuno Coelho, a prática de atividade física é amplamente reconhecida por seus benefícios para o corpo, mas seus efeitos no cérebro e na busca pela felicidade merecem destaque especial. Estudos mostram que a prática regular de exercícios não só melhora o condicionamento físico, mas também tem impactos profundos na saúde mental e no bem-estar emocional.
Interessado em saber como isso acontece?
Em seguida, abordaremos como a neurobiologia do exercício afeta o cérebro e, consequentemente, a sensação de felicidade.
Como a atividade física influencia o bem-estar cerebral?
A neurobiologia da atividade física está diretamente relacionada ao bem-estar cerebral. Durante o exercício, diferentes áreas do cérebro são ativadas, especialmente o córtex pré-frontal e o sistema límbico, responsáveis por processos cognitivos e emocionais. Isto posto, o aumento da oxigenação cerebral melhora a função desses sistemas, promovendo clareza mental, foco e até mesmo uma sensação de euforia após o treino.
Além disso, como destaca Nuno Coelho a prática de exercícios estimula a produção de fatores neurotróficos, como o BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), que favorecem a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se adaptar e formar novas conexões. Isso significa que o exercício não apenas melhora o desempenho mental, mas também contribui para a saúde cerebral a longo prazo, ajudando na prevenção de doenças degenerativas.
A relação entre os neurotransmissores e a sensação de felicidade
De acordo com o especialista Nuno Coelho, a sensação de bem-estar experimentada após a prática de atividade física tem uma explicação biológica. Durante o exercício, o cérebro libera uma série de neurotransmissores, como endorfinas, serotonina e dopamina, substâncias associadas ao prazer e à felicidade.
As endorfinas, em particular, são conhecidas por atuar como analgésicos naturais, reduzindo a percepção de dor e gerando sensações de prazer. Além disso, o aumento dos níveis de serotonina e dopamina, também desempenha um papel crucial na regulação do humor, tornando o exercício uma ferramenta poderosa para combater estados de ansiedade e depressão.
O exercício pode promover a regulação emocional?
Como já foi mencionado, a atividade física também influencia a plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade do cérebro de se modificar ao longo do tempo. Pois, a prática regular de exercícios estimula o crescimento de novos neurônios e melhora as conexões entre eles, fortalecendo áreas do cérebro envolvidas na regulação emocional. Isso ajuda a pessoa a lidar melhor com situações de estresse e emoções negativas.
Além disso, conforme expõe Nuno Coelho, a atividade física regula os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, reduzindo sua presença no organismo. Ao equilibrar os hormônios, o exercício atua como uma forma eficaz de aliviar sintomas de estresse e ansiedade, promovendo uma sensação de calma e controle emocional após o treino.
O benefício mental da atividade física
Em resumo, fica exposto que a prática de atividade física vai muito além de cuidar do corpo; ela tem um impacto direto no cérebro e na busca pela felicidade. Dessa forma, ao estimular a liberação de neurotransmissores que promovem bem-estar, melhorar a plasticidade cerebral e regular as emoções, o exercício se torna uma poderosa ferramenta para quem busca melhorar sua saúde mental e alcançar uma vida mais feliz e equilibrada.